No caso de Melissa, dois universo precisam conviver: a música paulistana e a música inglesa.
Paulistana porque a história se passa em São Paulo.
Inglesa, evidentemente, por ser a terra de Shakespeare.
Aqui de nossa terra, figuras como Adoniran Barbosa e os Demônios da Garoa causam clima a observações gaiatas e profundas. Ira!, Inocentes e 365 norteiam o espirito oitentista, profundamente influenciado pelo rock inglês. E, falando em rock inglês da década de 80, na minha trilha pessoal (a qual escuto enquanto escrevo) está incluindo Bauhaus, Smiths (Shakespeare's sisters, naturalmente!), New Order, Depeche Mode, The Cure e a escocesa Cocteau Twins (mas abri exceções para Marianne Faithfull e Rolling Stones, que não podem faltar em festa nenhuma!!!) .
As canções fazem parte da trilha do espetáculo?
Não necessariamente, mas são essenciais para me transportar ao universo de Melissa Hamlet enquanto escrevo. Às vezes repito a mesma música várias vezes até acabar de escrever uma cena que ela inspira. Em minha mente, a cena acontece, um video clip, um filme de cinema, uma chuva de imagens que pinga, goteja, cai furiosamente do som das notas, das vozes, das letras... e os sentimentos causados vão se tornando palavras, cenas, texto... Música. Teatro, enfim.
Meu trabalho sem música, não seria.
A música é a água que fazem as palavras brotarem!
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